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Semana MLB | O Brasil tem, sim, seleção de beisebol 2b1236

Ariel Frigo se joga em direção à base PABLO VERA/AFP via Getty Images

“Nem sabia que o Brasil tinha seleção de beisebol.”

É comum ver esse comentário nas redes sociais quando há uma postagem mostrando algo da seleção brasileira de beisebol. Seja a conquista de uma medalha nos Jogos Pan-Americanos, como em 2023, seja a obtenção de uma vaga no Mundial da modalidade, como ocorreu nesta segunda após a vitória por 6 a 4 sobre a Alemanha.

Sim, o Brasil tem seleção de beisebol. E ela não é resultado de um modismo recente por esportes americanos ou da captação de estrangeiros que toem representar o País. É resultado de décadas de trabalho de uma modalidade que tem raiz.

O beisebol chegou ao Brasil por meio de educadores e missionários americanos, ainda no século 19, mas ficou confinado a pequenos nichos ligados aos Estados Unidos. A consolidação veio do Japão.

Os milhares de imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil tinham o beisebol como uma de suas paixões. Muitos chegaram para trabalhar na agricultura, sobretudo no interior de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará. As comunidades se organizaram em clubes que, entre diversas atividades, praticavam esportes como judô, caratê e beisebol.

O primeiro Campeonato Brasileiro de Beisebol foi organizado em 1936, antes de qualquer versão de Brasileirão já reconhecida pela CBF. E, desde então, o Brasileirão do diamante só parou entre 1942 e 45, devido à Segunda Guerra Mundial (e a leis proibindo reunião de cidadãos japoneses em território nacional), e em 2020, pela pandemia de Covid-19.

Nesse quase século de existência, dezenas de clubes formaram jogadores, que se aposentaram e se transformaram nos técnicos da geração seguinte, que também envelheceu e ajudou a preparar a seguinte, e assim por diante. Ainda que seja um esporte de nicho, essas equipes têm categorias de base e até equipe de veteranos. Além disso, a Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol até tem um centro de treinamento moderno em Ibiúna (Grande São Paulo) que mantém dezenas de garotos que tentam desenvolver seu talento sob supervisão e treinamento da Major League Baseball.

Essa estrutura a despercebido por boa parte do público. Não apenas pelo fato de serem raros os “clubes de camisa” no beisebol – São Paulo e Paraná tiveram times de beisebol, Fortaleza e Náutico chegaram a emprestar suas marcas para equipes locais –, mas pelos times existentes estarem ligados à comunidade japonesa (ainda que os jogadores já tenham as mais diversas origens) e, principalmente, às regiões do Brasil em que ela é mais forte. Mas não é porque ela a despercebida que ela não exista.

As conquistas do beisebol brasileiro são diretamente ligadas a ela. Jogadores formados na base de clubes nacionais, acabaram chamando a atenção de olheiros estrangeiros e, a partir daí, conseguiram se profissionalizar e fazer carreira nos Estados Unidos, na América Latina ou no Japão.

Paulo Orlando, o primeiro brasileiro campeão da MLB, começou no Nikkey Clube Santo Amaro. Yan Gomes, o único brasileiro a disputar um All-Star Game de uma das quatro maiores ligas da América do Norte, começou no Mogi. André Rienzo, recordista de efetividade entre arremessadores na Liga Mexicana, conheceu o beisebol no Atibaia. Leonardo Reginatto, campeão latino-americano em 2024 e ídolo na Venezuela, foi formado no Paraná Clube. Eric Pardinho, provavelmente o próximo brasileiro a disputar a MLB, deu seus primeiros arremessos no Bastos.

Apesar de um ou outro reforço de americanos ou japoneses filhos de imigrantes brasileiros, a base do Brasil no beisebol tem formação doméstica. Uma base que agora se reforça com filhos de imigrantes venezuelanos que tentam a vida aqui. Então, sim, o Brasil tem seleção de beisebol. E uma seleção que se formou a partir de uma raiz que o esporte construiu ao longo de décadas.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

#MLBNA ESPN

Terça, 18/mar

7h - Los Angeles Dodgers x Chicago Cubs (ESPN 2 e Disney+)

Quarta, 19/mar

7h - Los Angeles Dodgers x Chicago Cubs (ESPN 2 e Disney+)

Segunda, 24/mar

22h - Spring Training: Boston Red Sox x Sultanes de Monterrey (Disney+)

Terça, 25/mar

20h - Spring Training: Boston Red Sox x Sultanes de Monterrey (Disney+)

Quinta, 27/mar

16h - Milwaukee Brewers x New York Yankees (ESPN 4 e Disney+)
20h - Detroit Tigers x Los Angeles Dodgers (Disney+)
23h - Chicago Cubs x Arizona Diamondbacks (Disney+)

BEISEBOL E SOFTBOL NO DISNEY+

Sexta, 14/mar

19h - NCAA (beisebol): Presbyterian x Winthrop
19h - NCAA (softbol): Notre Dame x NC State
20h - NCAA (beisebol): Arizona State x TCU
21h - NCAA (beisebol): Miami x Wake Forest
22h - LMS: Charros de Jalisco x Diablos Rojos de México, jogo 3

Sábado, 15/mar

15h - NCAA (softbol): Syracuse x Duke
15h - NCAA (softbol): Texas x Florida
16h - NCAA (beisebol): UCF x BYU
16h - NCAA (softbol): Drake x Belmont
16h - NCAA (softbol): South Carolina Upstate x Presbyterian
17h - NCAA (softbol): Texas A&M x Auburn
19h - LMS: Charros de Jalisco x Diablos Rojos de México, jogo 4
19h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
20h - NCAA (beisebol): West Virginia x Oklahoma State

Domingo, 16/mar

13h - NCAA (softbol): Oklahoma x Arkansas
14h - NCAA (beisebol): UNC-Asheville x Gardner-Webb
14h - NCAA (softbol): Pittsburgh x Florida State
15h - NCAA (beisebol): Northwestern x Texas A&M-Corpus Christi
15h - NCAA (beisebol): Texas x Mississippi State
16h - NCAA (beisebol): North Carolina x Louisville
17h - LMS: Charros de Jalisco x Diablos Rojos de México, jogo 5
18h - NCAA (beisebol): Alabama x Texas A&M
19h - NCAA (softbol): Boston College x Virginia

Segunda, 17/mar

20h - NCAA (softbol): Texas x Florida

Terça, 18/mar

18h - NCAA (beisebol): VMI x Longwood
19h - NCAA (softbol): Indiana x Notre Dame
23h - LSF: Serie de la Reina (final), jogo 1

Quarta, 19/mar

20h - NCAA (softbol): Florida State x Alabama
20h - NCAA (softbol): Liberty x North Carolina
23h - LSF: Serie de la Reina (final), jogo 2

Quinta, 20/mar

20h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
20h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Vanderbilt

Sexta, 21/mar

19h - NCAA (softbol): Florida State x Duke
19h - NCAA (softbol): Ole Miss x Kentucky
21h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
21h - NCAA (beisebol): LSU x Texas
22h - LSF: Serie de la Reina (final), jogo 3

Sábado, 22/mar

13h - NCAA (beisebol): Georgia x Florida
17h30 - NCAA (softbol): Stanford x Notre Dame
18h30 - NCAA (softbol): Arkansas x Tennessee
19h - LSF: Serie de la Reina (final), jogo 4

Domingo, 23/mar

13h - NCAA (softbol): Arkansas x Tennessee
14h - NCAA (softbol): California x Virginia
15h - NCAA (beisebol): Auburn x Kentucky
16h - NCAA (beisebol): Wake Forest x Clemson
17h - LSF: Serie de la Reina (final), jogo 5
18h - NCAA (beisebol): Ole Miss x Missouri
19h - NCAA (softbol): Stanford x Notre Dame

Segunda, 24/mar

20h - NCAA (softbol): Arkansas x Tennessee

Terça, 25/mar

20h - NCAA (beisebol): East Carolina x Duke

Quarta, 26/mar

19h - NCAA (beisebol): Michigan x Notre Dame
20h - NCAA (softbol): Oklahoma State x Georgia
22h - NCAA (softbol): Kansas x Missouri

Quinta, 27/mar

20h - NCAA (beisebol): Stanford x Virginia
21h - NCAA (beisebol): Florida x Ole Miss
21h - NCAA (beisebol): Mississippi State x LSU

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração