A história da expulsão da nadadora Ana Carolina Vieira das Olimpíadas ganhou novas explicações durante o dia. O ESPN.com.br participou da coletiva de Gustavo Otsuka, gerente de natação da CBDA, conversou com membros da Confederação, do Time Brasil e agora consegue explicar com mais detalhes o que aconteceu.
Todo o problema começou na quinta-feira (25). Ana Carolina e o namorado Gabriel Santos (que também disputa a natação nas Olimpíadas) deixaram a Vila Olímpica para tirar uma foto com a Torre Eiffel, principal símbolo da cidade de Paris e também dos Jogos.
O problema é que eles não tinham autorização para fazer isso.
A saída aria despercebida. Só que Ana Carolina resolveu postar as fotos em suas redes sociais. “Que comece a magia Olímpica! Amanhã, Paris será o palco”, escreveu.
A postagem alertou os dirigentes sobre a saída sem autorização e fez com que Ana Carolina e Gabriel Santos tomassem uma advertência.
Isso, porém, não foi o que resultou a expulsão da nadadora. Ao contrário do que se podia entender na primeira nota divulgada, Ana Carolina não contestou essa decisão de ter sido advertida.
O problema final aconteceu neste sábado (27), quando Ana discutiu com a comissão técnica da natação pela decisão de tirarem Mafê Costa do revezamento 4x100m livre. Foi nessa discussão que ela teria sido “desrespeitosa e agressiva”, como revelou a nota da expulsão.
Com Ana, mas sem Mafê, o revezamento brasileiro não conseguiu ar das eliminatórias e sequer disputou a final dos 4x100m livre no sábado. Vale lembrar que Mafê nadou a semi e a final dos 400m livre no mesmo dia e ainda disputou as eliminatórias e as semis dos 200m neste domingo.
Essa discussão, somada à advertência anterior por deixar a Vila Olímpica sem autorização, acabou resultando na expulsão dela do Time Brasil. Ana ainda nadaria o revezamento 4x100m medley misto.
A explicação de Gabriel Santos
Gabriel Santos não foi expulso dos Jogos porque “só” teve o problema com a advertência. De qualquer forma, ele não disputa mais nenhuma prova e já tem voo marcado para deixar a capital sa nos próximos dias.
Pelas redes sociais, ele explicou nas palavras dele o que aconteceu na semana ada. Veja abaixo:
“Em um período off de treinamento após o almoço, decidimos nos informar na própria central de atendimento no prédio do Time Brasil sobre a possibilidade de ir visitar a Torre Eiffel com os aros olímpicos, símbolo emblemático dessa edição. Inclusive diversos atletas também estavam indo para fotografar e registrar o momento de recordação.
Dentro das possibilidades apresentadas a forma mais rápida e segura, seria através do transporte fornecido pela organização, que sai de dentro da própria Vila dos atletas em que estamos hospedados e nos leva até a Arena do Vôlei de Praia, que é no pé da Torre. Portanto, não precisaríamos nos expor ao transporte público da cidade e correr qualquer tipo de risco, seria 100% seguro, já que é a mesma logística que utilizamos todos os dias para ir ao estádio da natação.
Fomos até a Torre da maneira citada e realizamos um post no mesmo dia, sem a necessidade de esconder de ninguém.
Erramos em não realizar a comunicação da maneira adequada como manda a Cartilha do Esporte Seguro. Por isso fomos advertidos. Não comunicamos porque apesar de ser fora da Vila, toda a logística de deslocamento foi feita através dos meios fornecidos pela organização e pensamos que essa comunicação só seria necessária se fossemos andar de forma autônoma pela cidade.
O objetivo com esse texto não é justificar, mas sim explicar o ocorrido. Estamos sofrendo ataques em nossas redes por pessoas mal informadas, por isso decidi realizar essa publicação com o intuito de explicar a maneira que tudo ocorreu.
Moramos juntos há mais de 3 anos, são os nossos 2° Jogos Olímpicos juntos, somos do mesmo clube e sempre separamos muito bem nosso lado pessoal do profissional. Quem nos conhece e convive com a gente sabe muito bem disso. E não é a toa que conseguimos chegar juntos até aqui.