A Seleção Brasileira feminina de futebol enfrenta o Japão neste domingo às 17h de Paris (12h de Brasília) no Parque dos Príncipes pelos Jogos Olímpicos em um jogo que terá um lugar especial na história: Marta vai alcançar 200 partidas com a camisa amarelinha.
A camisa 10 atuou os mais de 90 minutos na vitória sobre a Nigéria na estreia em Bordeaux, dando a assistência para o gol de Gabi Nunes, mas sua participação como titular hoje ainda é um mistério.
Arthur Elias, que elogiou a atuação da capitã na primeira partida, disse que sempre buscará potencializar o jogo da 'Rainha'.
"Marta tem sempre que jogar em uma faixa mais central do campo. Ela começou a ter movimentações (contra a Nigéria) dentro da liberdade que eu dou para ela jogar, porque ela precisa participar muito do jogo. Marta é uma jogadora que traz genialidade, terá liberdade pela leitura que ela tem e com uma equipe muito coordenada entorno dela para potencializar as chances", explicou o técnico em entrevista coletiva no CT do Paris FC.
O Brasil pode se garantir nas quartas de final dos Jogos Olímpicos até com um empate no duelo deste domingo. As japonesas perderam na estreia para a Espanha, e as jogadoras da Seleção esperar tirar proveito da situação adversária.
"Sempre tivemos bons confrontos com o Japão, e será um jogo-chave tanto para nós quanto para elas", disse a lateral-direita Antônia. "É um time realmente muito ágil, dificulta bastante, elas se movimentam o tempo todo, não podemos ser atraídas por essas movimentações. É um time que requer muita concentração e nos gera muita dificuldade, mas estamos bem preparadas".
"Não estamos pensando na Espanha, queremos viver jogo a jogo, estamos focadas no jogo contra o Japão. Nosso pensamento é de fazer um bom jogo, classificadas e com a vitória - um empate também nos dá a classificação. Estamos concentradas o tempo todo, porque é um jogo muito importante para o Japão, já que perdeu o primeiro".
A meia Gabi Portilho foi na mesma linha da companheira: "O Japão é uma equipe muito qualificada, é um jogo muito difícil. Estamos nos preparando, temos estratégias e capacidade para fazer um bom jogo. Sabemos a situação delas no grupo, elas têm que viver para cima, isso pode ser bom para nós também. Temos que saber sofrer, mas também temos que chegar e matar o jogo"
A lateral-esquerda Yasmin, que entrou na estreia no lugar de Tamires - dúvida contra o Japão -, deu mais detalhes sobre a rival de hoje.
"Tivemos alguns confrontos contra elas desde que o Arthur assumiu, temos muito material para avaliar. Sabemos que será um confronto muito difícil, elas são muito rápidas, sincronizadas com a bola no pé, temos que ter bastante atenção", explicou.
"O plano traçado tem muitas situações em que treinamos alguns dias. Vamos fazer alguns ajustes dentro do nosso comportamento, porque até a primeira metade do primeiro tempo contra a Nigéria não fomos bem, isso é importante para jogos equilibrados", disse Arthur Elias.
"Os espaços são diferentes em relação à Nigéria, tanto para utilizar para atacar quanto para termos um comportamento preventivo no ponto forte do adversário, Japão é uma equipe com muita dinâmica de jogo", analisou o treinador da Seleção.