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Deiveson Figueiredo mira 'feito histórico' contra Marlon Vera no UFC e conta bastidores de resenha com Khabib em Abu Dhabi

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Deiveson Figueiredo conta como foi resenha com Khabib antes do UFC Abu Dhabi: 'Magnífico' (1:34)

Brasileiro concedeu entrevista exclusiva ao ESPN.com.br (1:34)

Invicto na divisão dos galos do UFC, Deiveson Figueiredo tem uma importante luta neste sábado (3), em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), e encara o equatoriano Marlon Vera. Em caso de vitória, o brasileiro se aproxima de lutar por mais um cinturão na organização após o título dos moscas.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o Deus da Guerra contou os bastidores de como foi a sua preparação para o combate contra o antigo desafiante ao cinturão da divisão. E abriu o jogo sobre os seus próximos planos.

E para a luta nos Emirados Árabes, o brasileiro colocou em mente que quer fazer história. E isso inclui ser o primeiro a nocautear Chito no MMA. Para isso, se dedicou muito durante o camp.

"O que eu venho fazendo de diferente é sair da minha zona de conforto. Eu saí de casa faltando quase dois meses para a luta. Depois que eu saí do duelo contra o Cody Garbrandt, eu não parei de treinar, então como eu me mantive focado isso já me deixou no gás, me deixou preparado. Quando marcaram a luta com o Chito eu já estava bem preparado. Viajei para Natal e fiquei mais focado ainda, na academia dos irmãos Pitbull. Lá montamos a estratégia, chegamos aqui na Cidade da Luta prontos", disse.

"O Marlon é um cara duríssimo, você vê em todas as lutas dele, é um cara que sempre vai à decisão (dos juízes). Tudo o que eu mais quero, e treinei para que aconteça, é um nocaute para que eu possa ter a minha disputa de cinturão. Treinei muito para isso, estou visualizando isso e, sábado à noite, eu vou entrar com esse ânimo, com essa vontade de causar esse feito histórico, como o primeiro a nocauteá-lo", prosseguiu.

Em caso de vitória, Deiveson terá pela frente Sean O'Malley, atual campeão, ou Merab Dvalishvili, que se enfrentam no dia 14 de setembro, pelo UFC 306, em Las Vegas. E em uma iminente disputa pelo cinturão, o brasileiro deixou claro que não "escolherá" o seu rival.

"Os dois vão lutar, o O'Malley contra o Merab, para mim o que me interessa é o cinturão, não importa quem esteja com ele. E vou trabalhar para isso, para chegar nessa disputa de cinturão e conquistá-lo", disse.

"O O'Malley é um cara que vende mais a luta, certamente me traria mais dinheiro, mas o Merab é um cara que trabalha muito bem o grappling, é o único cara que venho me preparando e visando, é um jogo mais chato, todo o tempo agarrado dentro da categoria. Ele estando ou não com o cinturão, o que me interessa é o cinturão. Se o O'Malley estiver com o cinturão, é com ele que quero lutar."

Deiveson também voltou a falar sobre um sonhado "acerto de contas" contra Brandon Moreno na sua nova categoria, mas que o mexicano afirmou que não seria possível. O brasileiro, porém, ainda mantém as esperanças.

"Já o encontrei, já pedi para ele subir de categoria para que a gente possa vir a lutar, mas ele me falou que não sobe de categoria até porque não tem tamanho para isso. Se um dia ele subir, quero muito lutar com ele novamente, sim. Mas agora o meu foco é o cinturão e vou trabalhar para conquistá-lo."

Ainda sobre a mudança de divisão, o brasileiro também explicou por que se sente mais "saudável" agora nos galos.

"O que mudou foi eu lutar mais saudável, me sentir 100% mentalmente, o corpo, mais resistência, mais força, não perder massa muscular, essa foi a mudança nessa nova categoria. Eu pude mostrar isso em duas lutas, lutei contra o Cody, que é um cara muito forte e o finalizei, e lutei contra o Rob Font, que é um cara que troca com todo mundo, que sempre sai para a porrada. Pude mostrar para a galera que não sou aquele cara baixinho ou até mesmo aquele cara que seria pequeno para a categoria. É uma categoria que eu me encontrei e agora é a hora certa de estar nela."

Resenha com Khabib em Abu Dhabi

No início da semana, quando chegou ao palco da luta, Deiveson Figueiredo estava à procura de uma academia para os preparativos finais e foi parar na Khabib Gym, do ex-campeão peso-leve e invicto no MMA Khabib Nurmagomedov. E teve a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.

"Encontrar o Khabib para mim é magnífico. Um cara com o histórico dele, que poderia lutar muito mais, mas decidiu se aposentar pelo simples fato do pai dele, que veio a falecer. Foi um prazer conhecê-lo. Uma vez o encontrei e fiz de tudo para olhar para ele e pedir para bater uma foto, mas ele é bem fechado. Eu cheguei aqui em Abu Dhabi procurando academia para treinar, e um amigo meu brasileiro conseguiu para que a gente treinasse lá esses dias. Quando foi agora essa semana, ele chegou com a equipe dele para treinar", contou.

"Alguém chegou no octógono e pediu para nós sairmos porque eles estavam chegando. Nisso que estávamos saindo, ele chega, olha e mandou a gente voltar, que não era para nós sairmos, que era para ficar, que estava tudo tranquilo. Aí eu voltei, já estava no final do meu treino, mas aí terminamos e fui até a sala aonde eles estavam. São 20 russos, todos andam juntos. Fui na sala, peguei na mão dele, o cumprimentei, falei com ele, com o resto da galera dele. Foi algo bem rápido, mas bem significativo para mim, um cara do porte dele, do Khabib."

Por último, Deiveson traçou os seus planos para o futuro. Que no fim das contas é poder lutar, para garantir uma aposentadoria melhor pós-MMA, período em que deseja se dedicar à família.

"Tudo o que eu mais quero é lutar, colocar dinheiro na minha conta. Se eu tiver uma oportunidade de lutar pelo cinturão, eu certamente vou ficar muito feliz por isso, é uma conquista que Deus estará colocando na minha vida, mais uma oportunidade. E conquistando o cinturão, é mais um feito histórico para mim. Isso me traz mais dinheiro, então tudo o que eu quero agora é colocar muito dinheiro na minha conta para, quando eu chegar aos 40 anos, eu poder curtir os meus filhos, a minha família, poder viajar com eles, curtir o meu pai e minha mãe. O que eu não pude fazer quando novo quero fazer quando chegar o momento de me aposentar", finalizou.