Uma cena para lá de curiosa chamou atenção na estreia dos Estados Unidos na Copa do Mundo feminina contra o Vietnã. A maioria das jogadoras do país não cantaram o hino nacional na tradicional cerimônia antes de a bola rolar.
O silêncio por parte de algumas atletas gerou algumas críticas nas redes sociais. Essa prática, no entanto, já tem sido comum na seleção desde 2019.
Naquele ano, Megan Rapinoe, melhor jogadora e artilheira do último Mundial, afirmou que nunca mais cantaria o hino e que jamais colocaria a mão no peito por alguns motivos específicos.
Tal gesto foi feito como forma de protesto contra a violência policial contra negros em seu país, o então presidente Donald Trump, a federação de futebol americana e a desigualdade no país.
"Como uma americana gay, eu sei o que significa olhar para essa bandeira e não tê-la como símbolo de proteção à sua liberdade. É algo pequeno que eu poderia fazer e planejo continuar fazendo para tentar espalhar uma discussão importante sobre isso", afirmou a jogadora, que é uma das líderes do elenco.
"Acho que nunca mais vou colocar a mão no peito e cantar o hino nacional de novo'', completou a capitã da equipe na época.
Após a vitória por 3 a 0 sobre o Vietnã na última sexta-feira (21), pela primeira rodada do grupo E, a zagueira Noemi Girma foi questionada sobre o tema em entrevista coletiva.
A defensora, entretanto, não explicou exatamente os motivos das jogadoras terem ficado em silêncio, mas pontuou que não se trata de uma ação conjunta.
''Quando vamos para o campo, estamos nos preparando para o jogo, isso [o hino nacional] não é o foco. No final, cada jogador pode escolher, é tudo o que tenho a dizer'', declarou.
Em busca do tricampeonato inédito, os Estados Unidos voltam a campo nesta quarta-feira (26), às 22h (de Brasília) para enfrentar a Holanda.
As americanas lideram o grupo E seguidas das holandesas. Portugal e Vietnã, que ainda não pontuaram, completam a chave.