Ao todo, 4 jogadores investigados pelo Ministério Público de Goiás estão colaborando com a operação Penalidade Máxima II neste momento.
O quarteto já itiu o envolvimento na manipulação de jogos no Brasil e, por um acordo feito com o MP-GO, não foram indiciados no processo, sendo inseridos nos autos como testemunhas.
Os quatro atletas que fizeram acordo são:
Moraes, lateral-esquerdo que atuou no Juventude em 2022
Kevin Lomónaco, zagueiro do Red Bull Bragantino
Nikolas Farias, volante do Novo Hamburgo
Jarro Pedroso, atacante do Inter de Santa Maria que atuou pelo São Luiz no Campeonato Gaúcho
Os acordos foram embasados pelos promotores pelo artigo 28-A do Código de Processo Penal, texto que prevê a possibilidade de um acordo em caso de confissão formal e circunstancialmente a infração não teve violência ou ameaça grave da testemunha, com o crime tendo pena mínima inferior a quatro anos.
Moraes itiu que recebeu promessa de pagamento de R$ 30 mil (com somente 5 mil sendo entregues) para receber amarelo na partida entre Palmeiras e Juventude. Além disso, ele também recebeu promessa de R$ 50 mil (com 20 mil sendo efetivamente pagos) por um amarelo contra o Goiás.
Lomónaco, por sua vez, itiu que lhe foi prometido o pagamento de R$ 70 mil (com 30 mil pagos) por um amarelo contra o América-MG, além de ter recusado proposta para cometer pênalti contra a Portuguesa no Paulista.
Nikolas Farias itiu que lhe foi prometido um pagamento de R$ 80 mil (com pagamento efetivo de 5 mil) para cometer um pênalti contra o Esportivo-RS pelo Gaúcho. Algo parecido aconteceu com Jarro Pedroso na partida entre Caxias e São Luiz, recebendo R$ 30 mil após promessa de R$ 70 mil. Ambos, de fato, cometeram a infração.
Veja abaixo quais são os jogos que estão sob investigação na Série A 3c5k2k
Quais jogadores estão sendo investigados? 4i3s2e
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Victor Ramos (Chapecoense)
Igor Cariús (Sport)
Paulo Miranda (Náutico)
Fernando Neto (São Bernardo)
Matheus Gomes (Sergipe)
Quais jogadores também foram citados no processo? 6rq34
Vitor Mendes (Fluminense)
Richard (Cruzeiro)
Nino Paraíba (América-MG)
Dadá Belmonte (América-MG)
Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)
Moraes Jr. (Juventude)
Nikolas Farias (Novo Hamburgo)
Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)
Nathan (Grêmio)
Pedrinho (Athletico-PR)
Bryan García (Athletico-PR)
Apostadores e membros da organização 434c1m
Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira Souza
Pedro Gama dos Santos Júnior
O que a "Operação Penalidade Máxima" investiga 62454p
A investigação da "Operação Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.
Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.
As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.
Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.
A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.
Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.
Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).
Algum jogador de futebol foi preso? 2cz6a
Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.
Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.
Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.
O que os jogadores faziam para manipular as partidas? 3rp8
Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.