O ex-presidente da Federação de Futebol da Costa Rica, Eduardo Li, acusou o goleiro Keylor Navas, do PSG, o meia Bryan Ruiz (ex-Santos) e Celso Borges (La Coruña) de terem sugerido que a seleção perdesse três partidas consecutivas para forçar a saída do técnico Jorge Luis Pinto, em 2014.
"Os jogadores usaram a cláusula de confidencialidade que tínhamos com Pinto, que dizia que se a seleção perdesse três partidas se rescindia o contrato. Depois de a Federação não encontrar razões para demiti-lo, Navas foi quem disse 'perderemos as três partidas'", contou Li em seu depoimento.
Os atletas movem um processo e protocolaram um pedido de indenização contra Adrián Gutiérrez, ex-diretor de seleções da Federação, que acusou o trio de ter se colocado à disposição para forçar a demissão do treinador. Outro ex-cartola da entidade ouvido no processo, Rafael Vargas, reforçou as acusações de Li.
"A continuidade estava difícil, dado que alguns jogadores haviam comentado que não seguiriam na seleção e isso também coloca em risco os resultados das partidas. Foi uma situação muito complicada para a Federação", contou.
Após a Copa do Mundo de 2014, Jorge Luis Pinto pediu demissão da seleção da Costa Rica. Ele foi o comandante da melhor campanha da história do país em um Mundial - o time caiu invicto nas quartas de final.
O técnico também prestará depoimento, nesta terça-feira (16/03), no andamento do processo.