O San Diego Loyal saiu de campo em forma de protesto na noite da última quarta-feira, dizendo que um jogador do Phoenix Rising usou uma ofensa homofóbica ao meia Collin Martin no primeiro tempo da partida válida pela USL Championship.
Martin é um jogador assumidamente gay.
O jogo, disputado no Torero Stadium, em San Diego, não foi reconhecido nos resultados da liga e foi considerado W.O. A USL alegou estar investigando o incidente.
"Estamos cientes do suposto uso de ofensa homofóbica na partida desta noite entre San Diego Loyal SC e Phoenix Rising FC", disse a liga em um comunicado. "Linguagem abusiva de qualquer tipo não tem absolutamente nenhum lugar em nossa sociedade e não será tolerada em partidas da USL. Uma investigação está em andamento para determinar os fatos que cercam o incidente e mais informações serão fornecidas assim que disponíveis”
No jogo anterior do Loyal, o jogador do Galaxy II, Omar Ontiveros, foi suspenso pela liga e, por fim, cortado pela equipe após disparar uma ofensa racista para Elijah Martin, jogador do Loyal.
"Na semana ada, deixamos bem claro que nossa posição sobre o racismo ou a homofobia. Nada mudou esta semana", tuitou o Loyal na noite de quarta-feira.
O protesto de quarta-feira ocorreu logo após Martin receber o cartão vermelho com o Loyal vencendo a partida por 3 a 1. Vários jogadores do Loyals abordaram o árbitro e ficaram visivelmente chateados. Um dos jogadores disse: "Vamos sair do campo. Não vamos fazer isso de novo. Que se f***. Estamos saindo”.
Enquanto o técnico do Loyal, Landon Donovan, e o técnico do Rising, Rick Schantz, discutiam a situação com o árbitro, um jogador do Loyal caminhou em direção a Schantz e disse que um jogador do Rising fez o insulto a Martin.
"Não se faça de bobo", disse o jogador a Schantz. "Você sabe o que isso significa".
Donovan explicou mais tarde em um vídeo postado no Twitter por que seu clube decidiu deixar o campo.
We are loyal to our message, we are loyal to our players, we are loyal to our fans, and most importantly we are loyal to San Diego. #SDvPHX | #AllBlackLivesMatter pic.twitter.com/wXkv5O7qVr
— San Diego Loyal (@SanDiegoLoyal) October 1, 2020
"Nossos jogadores, para seu imenso crédito, apenas disseram 'Não vamos tolerar isso'", disse Donovan no vídeo. "Eles sabiam que, naquele momento, estavam abrindo mão da disputa dos playoffs, embora estivessem vencendo um dos melhores times da liga. Mas eles disseram que isso não importa, há coisas mais importantes na vida e temos que defender aquilo que acreditamos. E então eles tomaram a decisão de deixar a partida".
O Rising emitiu um comunicado na quarta-feira à noite e disse que está "investigando a alegação de uma injúria homofóbica" usada por um de seus jogadores. O Rising disse que o jogador "nega veementemente essas acusações".
"O Phoenix Rising apoia a USL na rejeição e punição de qualquer comportamento homofóbico", disse o time em seu comunicado.
— Junior"Flemmo"Flemmings (@Flemmo_77) October 1, 2020
Mais tarde, Junior Flemmings se identificou como o jogador acusado de usar a injúria homofóbica e chamou a alegação de falsa, dizendo que seus companheiros o apoiariam.
"Em nenhum momento eu usei um xingamento homofóbico contra Collin Martin. Não conheço o Collin pessoalmente, mas respeito todos os meus oponentes de maneira igual, Collin incluído", disse Flemmings em um comunicado postado no Twitter. "Sou solidário com o movimento LGBTQ+”.