Técnico da seleção alemã, Joachim Low negou as acusações de Ozil e garantiu que não houve qualquer demonstração de racismo dentro do elenco tetracampeão mundial durante seu período no comando.
Alegando discriminações por conta de sua ascendência turca, o meio-campista do Arsenal declarou sua aposentadoria do futebol internacional em julho deste ano.
Low convocou Ozil para a Copa da Rússia, mas o deixou no banco de reservas no último jogo da precoce participação dos então campeões do mundo.
Após o término da competição, o atleta explicou o motivo de sua revolta e, consequentemente, sua aposentadoria: ''Eu sou alemão quando vencemos, mas sou apenas um imigrante quando perdemos''.
Low, por sua vez, discordou com as alegações, insistindo que o meia ''claramente exagerou'', e ainda ressaltou o fato de seu ex-atleta ainda não ter o ligado após os acontecimentos.
''Nunca houve racismo. Durante o tempo em que estive na DFB (Federação Alemã), nunca fiz ou presenciei atitudes racistas no nosso time'', declarou o comandante. ''Ele escolheu o seu caminho, e eu aceito isso''.
O técnico também comentou o episódio da polêmica foto entre Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia que é constantemente criticado por supostamente impor medidas autoritárias no país, e os meias Ozil e Gundogan, ambos com ascendência turca, que gerou grande controvérsia entre jornalistas e o público geral na Alemanha - muitas pessoas pediam até a exclusão da dupla do Mundial da Rússia.
''Mesut (Ozil) e Ilkay (Gundogan) sempre se identificaram com os valores da seleção alemã. Quando o caso aconteceu, imaginei que eles iriam conseguir concentrar completamente na Copa, mas o tema acabou ganhando grandes proporções''.