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'Perdemos a batalha, mas não a guerra': o que 21 clubes que vão boicotar eleição da CBF buscam no futuro i3b5w

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20 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro anunciam boicote às eleições presidenciais da CBF (1:13)

Equipes dizem não concordar com o processo eleitoral (1:13)

Quando Samir Xaud for aclamado como novo presidente da CBF, como candidato único em eleição, 21 clubes da Séries A e B não estarão presentes, em boicote. São eles: América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Operário, Santos, São Paulo e Sport.

A ESPN ouviu dirigentes de alguns desses clubes para entender melhor os próximos os após a nota oficial. Há um sentimento comum entre eles de que a “batalha” da eleição pode ter sido perdida, mas a “guerra”, ainda não – em termos usados por duas fontes distintas.

"Estaremos prontos para conversar com a nova gestão, a partir da próxima semana, para que juntos possamos debater como mudar o processo eleitoral e outras demandas dos clubes em prol de um futebol cada vez melhor", dizia parte da nota divulgada pelos clubes na quarta-feira (21).

Também segundo apurou a ESPN, um dos pontos que os 21 clubes vão levar para discussão com Xaud, já como presidente eleito, é a mudança do modelo de eleição que o terá colocado no poder.

É que atualmente as federações tem peso 3 em seus votos, o que faz com que, caso todas estejam unidas com um mesmo candidato, nem mesmo a união de todos os clubes de Séries A e B, que tem peso 2, conseguiria mudar os caminhos do pleito.

A sugestão do bloco de 21 equipes é que as eleições na CBF em a ter ou o voto unitário das federações e clubes das Séries A e B ou, ao menos, que federações e clubes da elite tenham voto de peso 2 – e a Série B peso 1 nesse cenário.

Os clubes também querem a obrigatoriedade da participação dos clubes em todas as assembleis gerais da CBF e que, dois oito vice-presidentes que hoje compõem o núcleo mais duro de poder na entidade, ao menos três sejam indicações dos clubes.

Fora isso, a defesa segue sendo pela criação de uma liga, contando com o apoio político e financeiro da CBF para a força do projeto.

Temas como calendário e arbitragem também estarão na pauta, além da busca por participação executiva na entidade, em busca de uma reforma total de seu estatuto.

Samir Xaud teve o apoio de 25 das 27 federações estaduais para assumir o lugar de Ednaldo Rodrigues na CBF. O nome preferido dos clubes, contudo, era Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

No último sábado (17), 39 clubes das Séries A e B, todos membros das duas ligas do futebol nacional (Libra e LFU), se reuniram para discutir o processo eleitoral da CBF. Após o encontro, 32 times am um documento unificado de apoio à candidatura do atual presidente da FPF.

Na segunda-feira (19), a Liga Forte União (LFU) divulgou um manifesto assinado pelos clubes com cobranças à CBF. Uma delas era a alteração do processo eleitoral, especialmente no que se refere ao peso dos votos