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América-MG afasta Nino Paraíba, investigado no 'escândalo' de apostas do futebol brasileiro 3l65y

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Zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, recebe broncas e ameaças de apostadores; veja os prints (2:15)

Crédito: Victoria Leite, setorista do Santos pelo GE | Bauermann recebeu ameaças por não cumprir o combinado de levar um cartão amarelo no empate entre Santos e Avaí pelo Brasileirão de 2022 (2:15)

O América-MG anunciou nesta quarta-feira (10) o afastamento do lateral Nino Paraíba, que teve seu nome citado na investigação da 'Operação Penalidade Máxima II' feita pelo Ministério Público de Goiás. Ele estava relacionado pelo clube mineiro para o duelo contra o Red Bull Bragantino, válido pelo Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira (10).

Veja abaixo:

“Informamos que o atleta Nino Paraíba está afastado preventivamente das atividades do futebol. Acompanhamos os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, em relação aos demais atletas que tiveram os nomes envolvidos neste lamentável episódio”, disse o América-MG, por meio das redes sociais.

Quando defendia o Ceará no Brasileirão do ano ado, Nino teria supostamente se envolvido em uma manipulação de uma ‘aposta casada’, algo feito para que o ganho possa ser multiplicado, de cartão amarelo no confronto entre Cuiabá e Ceará.

Nas conversas interceptadas pelo Ministério Público de Goiás, o lateral dá a entender que participou de outros esquemas e garante que receberia a punição para que o aliciador vencesse a aposta.

Entre a última terça e esta quarta-feira (10), diversos jogadores também foram afastados por seus clubes, como Eduardo Bauermann (Santos), Vítor Mendes (Fluminense), Richard (Cruzeiro), Fernando Neto (São Bernardo) e Pedrinho (Athletico-PR).

Veja abaixo quais são os jogos que estão sob investigação na Série A 3c5k2k

Quais jogadores estão sendo investigados? 4i3s2e

  • Eduardo Bauermann (Santos)

  • Gabriel Tota (Ypiranga-RS)

  • Victor Ramos (Chapecoense)

  • Igor Cariús (Sport)

  • Paulo Miranda (Náutico)

  • Fernando Neto (São Bernardo)

  • Matheus Gomes (Sergipe)

Quais jogadores também foram citados no processo? 6rq34

  • Vitor Mendes (Fluminense)

  • Richard (Cruzeiro)

  • Nino Paraíba (América-MG)

  • Dadá Belmonte (América-MG)

  • Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)

  • Moraes Jr. (Juventude)

  • Nikolas Farias (Novo Hamburgo)

  • Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)

  • Nathan (Grêmio)

  • Pedrinho (Athletico-PR)

Apostadores e membros da organização 434c1m

  • Bruno Lopez de Moura

  • Ícaro Fernando Calixto dos Santos

  • Luís Felipe Rodrigues de Castro

  • Victor Yamasaki Fernandes

  • Zildo Peixoto Neto

  • Thiago Chambó Andrade

  • Romário Hugo dos Santos

  • William de Oliveira Souza

  • Pedro Gama dos Santos Júnior

O que a Operação "Penalidade Máxima" investiga 244h4w

A investigação da Operação "Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.

Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.

As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.

Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.

A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.

Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.

Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Algum jogador de futebol foi preso? 2cz6a

Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.

Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.

Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.

O que os jogadores faziam para manipular as partidas? 3rp8

Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.

Próximos jogos do Cruzeiro: 4a3a10