Messi completa 35 anos e segue colecionando títulos, recordes e quer buscar de mais coisas na carreira
Um dos maiores da história do futebol, Lionel Messi completa 35 anos nesta sexta-feira (24). Em uma trajetória muito vitoriosa com o Barcelona, a Argentina e, agora, com o PSG, o astro argentino se colocou entre os melhores do planeta na história do futebol e marcou uma época.
O ano que se inicia agora para Messi pode ser o último de seu contrato com o PSG, que pode ser estendido por mais uma temporada se a equipe quiser. O período em questão pode ser mais um marco na vida do argentino, que caminha para a reta final da carreira.
Claro que não existe razão oficial para que seja pensado que Messi pare de jogar após o fim da próxima temporada. Contudo, por conta de sua situação contratual e da idade do argentino, é possível imaginar que a próxima temporada pode ser a última dele no alto rendimento europeu.
Para comemorar o grande dia da lenda do Barcelona e da Argentina, vamos dar uma olhada em alguns aspectos de sua incrível carreira até agora. Tudo o que ele conquistou, tudo o que ainda precisa alcançar e até mesmo alguns dos grandes marcos que ainda pode ar.
A chegada no PSG
A saída do Barcelona não aconteceu da forma como se imaginava. Por conta da dívida do clube espanhol, que beirava a casa de 1.2 bilhão de euros, Messi seguiu para o PSG.
Tendo representado apenas um clube a partir dos 13 anos, a transferência fez com que muitos questionassem se um jogador da estatura gigantesca de Messi seria capaz de se adaptar a um novo ambiente depois de tantos anos jogando no ‘seu’ clube.
Embora ainda longe de estar em um momento ruim, Messi tem lutado para igualar a formidável carreira que teve no Barcelona. Em sua primeira temporada jogando em Paris, o argentino registrou o pior índice de gols em uma única temporada de toda a sua carreira.
Messi marcou 11 gols em 34 jogos em todas as competições na temporada e teve uma média de 0,345 gols por por jogo em nível de clube, seu menor retorno registrado e o pior desde 2007-08, quando obteve uma taxa de pontuação de 0,43 gols por jogo.
Messi também conseguiu adicionar uma nova conquista para sua incrível coleção de troféus ao conquistar o título da Ligue 1 em sua primeira temporada, o 35º título por clube do argentino.
O sonho da Copa do Mundo
O próximo grande torneio no radar de Messi é a Copa do Mundo de 2022 no Catar. No geral, o camisa 10 e companheiros de seleção estão em uma sequência de 33 jogos invictos, tendo perdido um jogo pela última vez em julho de 2019, quando foram eliminados das semifinais da Copa América por 2 a 0 contra o eventual campeão Brasil. E, nesse período, a Argentina conseguiu vencer a Copa América de 2021 – sua primeira grande honra internacional em 28 anos.
Em nível individual, Messi manteve um nível extremamente alto de produção para seu país e, embora seus números possam ter caído para o PSG, a produtividade do atacante no futebol internacional melhorou desde 2021.
Messi conquistou duas competições com seu país (Copa América 2021, Finalíssima 2022) em apenas 1.769 minutos de futebol, em comparação com uma conquista (título da Ligue 1 2021-22) nos 5.489 minutos que ou em campo pelo PSG na temporada ada.
Lionel Messi turns 35 today.
— ESPN FC (@ESPNFC) June 24, 2022
The man was born to win Ballon d'Ors 🏆 pic.twitter.com/UeYnWRCnr1
Claro que as diferenças podem ser explicadas pelas diferentes táticas usadas por suas equipes em nível de clubes e internacionais, mas os números parecem sugerir que Messi tem mais posse de bola e é mais eficaz ao chutar, driblar, criar chances e trabalhar fora da bola quando jogava pela Argentina.
Os 30 chegaram e a produção não caiu
Com a maioria dos jogadores profissionais se aposentando em seus 30 e poucos anos, é compreensível que a produtividade geralmente comece a diminuir em torno desse ponto. Agora, estamos bem cientes de que Messi não é "a maioria dos jogadores de futebol", mas ainda assim apenas um punhado de jogadores desde 2010-11 conseguiu acumular um total de 20 ou mais contribuições de gols em uma única temporada, após completar 35 anos.
Nesse período, um seleto grupo de apenas seis atletas alcançou esse feito nas cinco grandes ligas da Europa, com a maioria deles fazendo isso na Série A da Itália.
Três jogadores chegaram a 20 gols em uma única temporada em duas ocasiões depois de completar 35 anos: Luca Toni (2013-14, 2014-15), Antonio Di Natale (2021-13, 2014-15) e o antigo rival de Messi, Cristiano Ronaldo - primeiro reunindo 32 contribuições de gols para a Juventus em 2020-21 e depois na temporada seguinte, quando totalizou 21 contribuições de gols para o Manchester United.
Os outros jogadores a conseguir o feito são Fabio Quagliarella (34 contribuições para a Sampdoria em 2018-19), sco Totti (24 para a Roma em 2012-13) e Burak Yilmaz (21 para o Lille em 2020-21).
Os recordes
O lugar de Messi na história do futebol já está assegurado, tendo conquistado 38 títulos profissionais desde sua estreia pelo Barcelona em outubro de 2004.
Apenas um jogador ganhou mais troféus nesse período e ele por acaso jogou ao lado de Messi na maior parte: o lateral-direito brasileiro Dani Alves está liderando o caminho com 40 títulos.
Para Messi, o único troféu que, até o momento, não disputou e não foi conquistado foi a Copa do Mundo da, que ele esteve tão perto de vencer com a Argentina em 2014, mas perdeu para a Alemanha na final. É mais do que provável que o Qatar 2022 represente sua última chance de corrigir esse erro específico. Quanto aos recordes individuais, Messi continua a deter uma grande variedade que dificilmente será superada.
-- Mais gols oficiais para um único clube: 672, para o Barcelona
-- Mais assistências para um único clube: 268, para o Barcelona
-- Mais gols em uma temporada de um único clube: 73, pelo Barcelona em 2011-12
-- Único jogador a marcar mais de 40 gols em 12 temporadas consecutivas e mais de 30 gols em 13 temporadas consecutivas
-- Mais gols (27), assistências (14) e aparições (45) em jogos de derby do El Clasico contra o Real Madrid.
-- Recorde Mundial do Guinness de artilheiro do clube e do país em um único ano civil (91 gols em jogos oficiais em 2012.)
E acredite, isso é realmente apenas a ponta de um iceberg verdadeiramente monumental.
Em busca de mais
Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo estão perto de se juntar ao clube ridiculamente exclusivo 500 gols em Ligas, de acordo com os registros mantidos pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS).
A caminho da temporada 2022-23, Messi tem 480 gols pelo clube, o que o coloca 17 gols atrás de Ronaldo. O jogador português de 37 anos, com 497 golos, está a apenas um hat-trick de juntar-se a Ferenc Puskas (514 golos), Josef Bican (518), Romário (544) e Pelé (604) na lista de maiores goleadores em competições nacionais.
Em todas as competições, Messi tem 787 gols e está a apenas 13 de se juntar a Ronaldo (821) como os dois únicos jogadores da história a ter marcado 800 ou mais gols em partidas oficiais.
A nível internacional, Messi ainda tem um caminho a percorrer para apanhar o seu adversário, tendo marcado 86 golos pela Argentina em comparação com os 117 golos de Ronaldo por Portugal – que é o atual recorde mundial no futebol masculino. O iraniano Ali Daei (109) é o único outro jogador masculino a quebrar 100.
Quando se trata da Bola de Ouro, Messi foi o segundo jogador mais velho a ganhar o prêmio em 2021 com idade (34 anos, 158 dias) e lidera a tabela de todos os tempos com sete troféus em seu nome. Ronaldo é seu rival mais próximo, com cinco. Da mesma forma, Messi está na frente na lista de todos os tempos da Chuteira de Ouro da Europa, com seis contra quatro.
Dado que Cristiano Ronaldo é dois anos mais velho que Messi, é improvável que o primeiro consiga diminuir a diferença antes de encerrar sua carreira.