Em entrevista ao ESPN.com.br, o brasileiro Mano Pölking falou sobre seu início de trabalho com a seleção da Tailândia 4w2v18
Aos 45 anos, o gaúcho Mano Pölking recebeu a oportunide de assumir o comando técnico da seleção da Tailândia em setembro de 2021. Com a carreira toda construída em clubes do país, o brasileiro terá a missão de colocar o país em uma Copa do Mundo pela primeira vez na história.
“O foco é classificar para a Copa do Mundo. Claro que é um projeto a longo prazo, muita coisa acontecerá até lá. Em Junho disputaremos as qualificatórias para a próxima Copa da Ásia, que será jogada ano que vem na China. Nossa expectativa inicial é nos classificarmos para o torneio. Estando nele, quanto mais longe nós formos, melhor. Mas para um trabalho ter sequência, os resultados são fundamentais”, disse ao ESPN.com.br.
O cenário encontrado, porém, não foi dos melhores. Segundo relatado por Mano, o cenário foi de incerteza após o país não conseguir se classificar para a última fase das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
“Um cenário de bastante incerteza. A seleção vinha de uma não classificação para a última fase da qualificatória para a Copa do Mundo do Catar. Num grupo com Emirados Árabes, Vietnã e Malásia, a Tailândia ficou em terceiro. Além disso, haviam perdido a Suzuki Cup, torneio que acabamos de conquistar. Os últimos três anos da seleção não tinham sido bons”, relatou.
E a proposta chegou a gerar incertezas nas pessoas próximas ao treinador, após tantos anos trabalhando em clubes do país. “Muitos ficaram em dúvida porque eu estava há oito anos na Tailândia e ainda não havia conquistado um título, embora viesse realizando um bom trabalho”.
“Permaneci seis anos num mesmo clube e bati na trave várias vezes. Porém, com os resultados aparecendo e uma campanha quase perfeita na Suzuki Cup, isso mudou. Hoje eu tenho um respaldo muito maior dos torcedores e aproveito esse momento para trabalhar com um pouco mais de tranquilidade”, afirmou.
A carreira como jogador 6ny3i
Se como treinador, a carreira de Mano foi toda na Tailândia, como jogador não foi muito diferente. Nascido em Montenegro, no Rio Grande do Sul, o ex-meia teve carreira inteira na Europa, na Alemanha e no Chipre.
“É verdade. Minha carreira como atleta teve “altos” praticamente em seu final, quando fui para o Chipre e atuei no APOEL. Fomos campeões cipriotas e cheguei a jogar algumas partidas classificatórias para a Champions League. Fora esse período, atuei em divisões de menor expressão, especialmente na Alemanha”, relembrou.
“Sempre digo que vivi como um jogador da Bundesliga, com a mesma rotina de trabalho, mas sem a mesma repercussão. No entanto, foi extremamente enriquecedor para o que viria pela frente. ei a entender por exemplo, como funciona um vestiário”, finalizou.