Ex-zagueiro do APOEL, Carlão enfrentou Lionel Messi na Champions League de 2014-15 e falou em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br 5c15
A tarefa de marcar Lionel Messi é, naturalmente, complicada para qualquer defensor. No entanto, um brasileiro, mesmo saindo derrotado, teve um grande desempenho bem contra o argentino, chegando a entrar na seleção da rodada da Uefa da Champions League.
Em entrevista ao ESPN.com.br, Carlão, ex-zagueiro revelado pelo Corinthians, falou sobre a árdua missão na temporada 2014-15. Além de Messi, o brasileiro se desdobrou para ajudar o APOEL parar Neymar, Xavi e companhia no Camp Nou.
“Para mim, aquele dia foi um sonho, era uma estreia em Liga dos Campeões, no Camp Nou, contra o Barcelona. Foi um sonho que toda criança tem um dia e aconteceu para mim. Foi algo muito difícil, jogar com caras desse nivel, mas aquele dia era o meu dia", começou por afirmar.
"Deu tudo certo, todo trabalho que eu tinha feito para chegar naquele nível, enfrentar os jogadores. E ter o reconhecimento é difícil, a gente sendo realista, para um jogador de um time do Chipre entrar na seleção da rodada da Champions League. Se eu não me engano, sou o único jogador de um clube do Chipre a estar na seleção da rodada de uma Champions League. Foi algo muito gratificante”, completou.
"Me ajudou a levantar" o1h1v
A partida terminou 1 a 0 para o Barcelona, gol marcado por Piqué. Com a missão de parar Messi, Carlão revelou que deu algumas entradas no argentino.
No entanto, a atitude do camisa 10 em não reclamar ou parar para discutir com os marcadores surpreendeu o zagueiro, que hoje defende o Santo André.
“Um jogador que me surpreendeu muito positivamente foi o Messi. Ele é um jogador caçado quase que o jogo todo, principalmente naquela época. E ele não discute com ninguém, por mais que um jogador chegue um pouquinho mais forte, ele não abre a boca para retrucar, discutir. Foi algo que me surpreendeu muito."
"Um jogador de um nível normal, às vezes, toma uma chegadinha e reclama. Mas ele em nenhum momento chega para discutir. Ele só joga futebol. Até em jogadas, eu tive muito contato físico com ele, e, em alguns momentos, jogadas que eu caí com ele, me ajudou a levantar”, finalizou.