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Por que Isaquías Queiroz e Raquel Kochhann foram escolhidos porta-bandeiras do Brasil nas Olimpíadas 2024 681z3w

O Brasil conheceu, na noite desta segunda-feira (21), os porta-bandeiras da delegação brasileira que vão desfilar na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris: Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann. 4s2d5i

A dupla foi escolhida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e estará no barco verde-amarelo que vai carregar 60 atletas no rio Sena nesta sexta-feira (22), a partir das 14h30 (de Brasília). 

Se de um lado, o canoísta acumula quatro medalhas olímpicas - sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze - de outro, a capitã da seleção feminina de rugby sevens carrega consigo uma história recente de superação no esporte.

Aos 31 anos, Raquel encarou um ciclo olímpico dos mais complicados. Isso porque nos Jogos de Tóquio, ela detectou um caroço na mama, que, seis meses depois, dobrou de tamanho. Foi então que a brasileira recebeu a notícia de que estava câncer, inclusive, em metástase no osso do esterno.

A atleta ficou praticamente dois anos afastada dos gramados, mas não parou de treinar durante o tratamento. Em 2023, ela retornou às competições e, agora, vai disputar a sua terceira Olimpíada, depois da Rio-2016 e de Tóquio-2020. Desta vez, no entanto, com a missão de carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura.

Ao lado de Raquel estará Isaquias, que em Paris pode se tornar  maior medalhista olímpico brasileiro caso chegue à soma de seis medalhas em três Olimpíadas, ultraando, assim, as cinco dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.

Em entrevista à TV Globo, Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB, explicou o motivo de ter escolhido os dois nomes para serem os porta-bandeiras.

''São dois atletas que representam qualidade, excelência e os valores olímpicos. O Isaquias Queiroz é um multimedalhista olímpico, com três medalhas em uma mesma edição dos Jogos, único atleta assim, e além disso ainda tem uma medalha de ouro, em 2021, e poderá agora bater mais um recorde e ser o maior medalhista do Brasil de todos os tempos'', começou por afirmar o dirigente.

''A Raquel é um símbolo total de superação. ou por um processo muito sério, muito grave, de um câncer de mama, se afastou, se recuperou, treinou e está novamente na seleção, como capitã. Então estamos muito bem representados pelo olimpismo'', completou Paulo Wanderley.

Agora, os dois vão se juntar a juntar a Bruninho, do vôlei, e Ketleyn Quadros, do judô, como as duplas que tiveram a honra máxima do evento que marca o início dos Jogos Olímpicos.

A cerimônia de abertura de Paris-2024 será a primeira da história dos Jogos Olímpicos fora de um estádio.

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