Igor Resende e Matheus Castro 1y

Rogério Sampaio, diretor do COB, revela objetivo de medalhas para as Olimpíadas e diz o que falta para Brasil ser top-10 3a3s3z

Na última quarta-feira (17), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) organizou um evento para celebrar o início de uma contagem regressiva de cem dias para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, com data marcada para 26 de julho. 2h5843

Rogério Sampaio, diretor geral do COB, concedeu uma entrevista exclusiva para o PódioCast ESPN, novo podcast do grupo Disney sobre esportes olímpicos, e comentou sobre as expectativas da entidade em relação ao número de medalhas que o Brasil pode conquistar na França.

"Nosso objetivo é superar o resultado de Tóquio, logicamente, superar as 21 medalhas, superar as 7 medalhas de ouro, superar o número de finais que a gente vai participar e superar o número de atletas classificados. Eu entendo que alguns objetivos nós vamos conquistar e talvez outros não."

"Tenho confiança que vamos superar o número total de medalhas. Em Tóquio, tivemos 13 modalidades conquistando medalhas, isso é muito bom porque quanto mais você diversifica mais você aumenta as suas chances de medalhas. Agora, as medalhas de ouro vão se desenhar na hora. Mesmo assim, estou confiante e estamos chegando forte em várias medalhas. Então, estou confiante que vamos conseguir superar esses resultados das Olimpíadas de Tóquio."

O desempenho do Brasil nos Jogos Olímpicos do Japão, realizados em 2021 por conta da pandemia da Covid-19, foi a melhor participação no país na história olímpica. A delegação brasileira conquistou 21 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze.

"Eu sou um otimista. Como todo atleta, que quer fazer melhor amanhã do que fez ontem, o Comitê Olímpico do Brasil trabalha para superar os números das Olimpíadas de Tóquio. A gente sabe que as medalhas de ouro, prata e bronze muitas vezes se desenham na hora da competição e nos pequenos detalhes."

"A gente está trabalhando duro em todas as áreas e junto com as confederações. Sabemos que é uma meta difícil, mas o trabalho tem sido feito nesse sentido. Os atletas estão focados. Nós temos no momento, por exemplo, o Alison dos Santos se dedicando na sua preparação nos Estados Unidos, a Ana Marcela Cunha na Itália e o Hugo Calderano na Europa, além de diversos outros atletas"

O Brasil terminou os Jogos Olímpicos do Japão em 12º no quadro de medalhas, que teve os Estados Unidos como país vencedor, seguido pela China e pelo país anfitrião. Essa posição também foi a melhor colocação brasileira da história, superando o 13º lugar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Para entrar, de forma inédita, no top 10 do quadro de medalhas, o ex-judoca e campeão olímpico em Barcelona-1992 explicou o que precisa ser feito.

"A gente tem que focar na melhora do nosso resultado porque às vezes você melhora e seus adversários melhoram também, e isso te impede de avançar no quadro de medalhas. O importante é a gente superar as marcas anteriores. Se vamos estar no top 10, isso já é outra questão e não depende só da gente. Eu entendo que o Brasil ainda precisa avançar mais para chegar no top 10."

"A gente precisa de uma política de Estado, nós precisamos de uma melhor estrutura e mais recursos. Olhando de longe parece que o recurso dos esportes de alto rendimento é muito grande, mas quando você observa que esse recurso tem que ser suficiente para você atender as 33 modalidades e que é com esse recurso que nós mantemos atletas full time (o tempo integral) no exterior com toda a estrutura de fisioterapia, treinador, atendimento de saúde mental, participações em competições e viagens..." continuou o diretor geral do COB, que recebe rees do Ministério do Esporte.

"Aí, tem uma influência muito grande da cotação do dólar, há alguns anos atrás, o dólar estava a R$ 5,80 e atualmente o dólar está cinco reais. Então, uma diferença dessa de 80 centavos nos impacta tremendamente ao longo do ano. Enfim, a gente pode evoluir mais, mas a gente precisa que esse investimento seja maior. Não é um gasto, mas é um investimento no esporte de alto rendimento e uma política de Estado para que a gente possa avançar na busca de melhores resultados."

Na projeção (um pouco otimista) realizada no 1º episódio do PódioCast ESPN, o Brasil chega como favorito a 19 medalhas, sendo 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes. Para ouvir o programa completo, com todas as modalidades candidatas a subir pódio, clique aqui.

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