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Campeão mundial com o Corinthians explica como virou carrasco de Barcelona 'mágico' e do Real Madrid de 'galácticos' 1dh4b

Separados por apenas quatro pontos na tabela de classificação de LALIGA, Barcelona e Real Madrid disputam cabeça a cabeça o título do Campeonato Espanhol. Para acirrar ainda mais o clássico, os dois times se enfrentarão neste domingo (11), às 11h15 (de Brasília), com com cobertura in loco da ESPN e transmissão ao vivo no Disney+. 536i2m

Equipes mais poderosas do futebol espanhol, Barcelona e Real Madrid sofreram na mão de um  campeão do mundo com o Corinthians em 2000. Em entrevista ao podcast “Habla Comigo”, da ESPN, o ex-atacante Ewerthon contou como “machucou” os dois gigantes espanhóis quando esteve no Real Zaragoza.

Entre idas e vindas da equipe, entre 2005 e 2008, Ewerthon lembra com carinho de quando conseguiu vitórias contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Eto’o e cia., e também diante do Real Madrid dos chamados “galácticos”, que marcou época no futebol internacional na primeira década dos anos 2000.

Contra os “culés”, além de uma grande vitória por 4 a 2, Ewerthon detalhou ainda como o Zaragoza se tornou uma “pedra no sapato” do Barça no período. “O Zaragoza se tornou um rival difícil para o Barcelona ganhar. Tanto em Camp Nou ou em Zaragoza, era competitivo e alto nível de técnico”.

“Você pegar o melhor momento do Barcelona, com o Ronaldinho fazendo tanta mágica, nunca vi um jogador fazendo tanto isso como ele fez dentro de campo. Quando você pega o Eto’o, Deco o Edmilson e o Belletti. O Barcelona era um timaço. O futebol espanhol dá essa chance de um time de e camisa menor expressão pode ganhar de um time grande”.

“O nosso time era bem armado. A gente se sacrificava um pelo outro. Nesse momento, o Sávio, que era um craque, teve uma temporada espetacular e estava no banco. A gente tinha o Gabriel Milito, o Poncio. Era um time técnico, jovem e muito rápido. A gente consegue dois gols rapidamente. Acaba 4 a 2 para nós”, explicou.

Para o Barcelona, encarar o Zaragoza não foi fácil. Mas, para o Real Madrid, foi ainda pior. Contra os merengues de Casillas, Roberto Carlos, Julio Baptista e outros, o time de Ewerthon aplicou uma goleada histórica por 6 a 1. Na opinião do atacante, ficou até barato.

“Foi 6 a 1 e era para ter sido mais. A preparação é igual para todos jogos. Se você me pergunta se esperava fazer 6 a 1? Na verdade, não. A gente tinha certeza que ganharíamos. Eles não vinham muito bem”, iniciou Ewerthon, que explicou como o Zaragoza “decifrou” a partida taticamente.

“O jogo estava no meio-campo. A gente sempre treinou isso, tem que deixar compacto. A gente não podia deixar o Real Madrid trabalhar. A gente tinha que dificultar a bola chegando no contra-ataque. Eu era uma bala. Foi uma noite que ninguém vai esquecer. Tanto da parte do Real Madrid como do Zaragoza foi histórica, acho que foi a maior goleada que o Real Madrid levou”.

“Isso é gratificante fazer parte da história. Ser uma inspiração para as pessoas é muito importante. Eu não jogava futebol, eu brincava de jogar de futebol. Eu não tinha uma pressão para jogar. Hoje, mais velho, eu analiso e vejo o que eu fiz, eu posso contar para o meu filho”.

“A gente faz 3 a 0 no 1º tempo. O Júlio Baptista fez o único gol do Real. Eu brincava o Roberto Carlos e disse hoje de onde eu chutar, eu vou fazer um gol. Eu chutei a bola de tão longe que até o cinegrafista perdeu, caiu na gaveta do Casillas. É um dos gols mais bonitos que eu fiz”, contou.

Ainda ao “Habla Comigo”, Ewerthon contou como vencer os dois gigantes espanhóis foi um “sonho de criança” e que até mesmo brincou com Casillas em um encontro com o ex-goleiro a respeito do golaço que anotou no ídolo do Real Madrid no dia da fatídica goleada.

“Foi muito especial. Você poder enfrentar um Ronaldo de igual para igual. Depois do Ronaldinho, o Zidane foi o mais técnico que eu enfrentei. Você pegar um Sergio Ramos, Milito, o Pique e o Sávio. Eu enfrentei grandes jogadores em times grandes e pequenos”.

“Isso só faz engradecer o sonho que eu tinha lá de criança, com 5 anos. Eu não imaginei que minha carreira iria tão longe e seria tão rápido. Esse jogo é uma marca. Toda vez que eu volto para Espanha, todo mundo fala desse jogo e do o meu apelido de a flecha”.

“Eu fiz grandes amigos e lembranças. Foram jogos memoráveis, claro que tem outros também, mas esse ganha o carinho pelos Galácticos. Você ser respeitado pelo olhar dele. Eu encontrei com o Casillas de novo. Até hoje ele fala que não sabe como aquela bola fez aquela curva. Isso são coisas memoráveis e bonitas”, finalizou.

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