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Di María no Rosario Central: por que craque já foi ameaçado e teve que adiar sonho 5v2s47

Nesta quinta-feira (29), o Rosario Central anunciou o retorno de Angel Di María depois de 18 anos. O sonho, que deveria ter sido realizado no ano ado, finalmente aconteceu. 3y3w68

Mas por quê o craque teve que adiar o retorno? A ESPN relembra as ameaças sofridas pelo jogador.

Em março de 2024, um cartaz foi deixado em frente à casa onde Di María e seus familiares ficam quando estão na cidade.

"Diga a seu filho Ángel [Di María] que não volte a Rosário, porque, senão, estragaremos tudo matando um familiar. Nem Pullaro (governador provincial) vai te salvar. Não jogamos fora pedaços de papel. Jogamos chumbo (bala) e gente morta", dizia o 'recado'.

No mês seguinte, um mural com o rosto de Angelito, em Rosário, foi pichada com os dizeres "ainda vai voltar?".

Meses depois, em entrevista ao jornalista Juan Pedro Aleart, do canal Rosario3, Di Maria revelou uma outra ameaça: uma caixa com uma cabeça de porco e balas.

"Houve uma ameaça no bairro dos meus pais que foi noticiada em todos os lugares e, simultaneamente, houve outra ameaça na imobiliária da minha irmã que ninguém ficou sabendo porque ela e meu cunhado se assustaram e não denunciaram. Era uma caixa com uma cabeça de porco com uma bala de revólver na parte da frente e uma mensagem que dizia que se eu voltasse ao Rosario Central, a próxima cabeça seria da minha filha, Pia. Depois, mais uma ameaça no posto de gasolina com tiros, que aconteceu há pouco tempo. Poderiam ter matado qualquer funcionário ou pessoa que estivesse ali, uma loucura. Creio que foram muitas coisas que fizeram eu tomar esta decisão. Não são apenas 'cartinhas', houve tiros e coisas graves", afirmou Di María.

"Só de ver o nome da minha filha em um cartaz e que mandem uma caixa com o que mandaram já superava qualquer coisa que eu poderia fazer. Foram meses horríveis. Nós apenas pensávamos e chorávamos todos as noites por não poder cumprir o sonho (de voltar ao Rosario Central)", completou.

Rosário tem onda de violência 2o4768

A cidade de Rosário fica na província de Santa Fé. É a terceira mais populosa do país e está no meio de uma crise de violência. Em março de 2024, foi registrada uma onda de assassinatos, com a morte de dois taxistas, um motorista de ônibus e um frentista. Os atentados fizeram com que transportes, aulas e postos de gasolinas fossem fechados de um dia para outro.

Patricia Bullrich, ministra da Segurança, falou em "ações narcoterroristas". O presidente do país, Javier Milei, também falou em lei antiterrorismo. A cidade chegou a marcar 22,31 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Dias após a ameaça de março contra Di María, a polícia prendeu o principal suspeito. Ele já era investigado por narcotráfico. Quando foi preso, foram encontradas 135 gramas de cocaína, além de uma pistola calibre 22 e munições.

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