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Ubiratan Leal 265d

Semana MLB | Mínimo de seis entradas para os arremessadores titulares? Entenda essa proposta que está na mesa da liga 586x4i

Relógio de arremessos, proibição do shift defensivo, corredor fantasma, rebatedor designado para todos os times, em breve o sistema eletrônico para checar strikes. A MLB tem sido agressiva na mudança de regras para tornar o beisebol mais atrativo para o público. Muitas delas atingiram seu objetivo, mas não impede a liga de pensar em mais novidades. E uma delas já está na mesa, e causando polêmica: exigir que o abridor faça um mínimo de seis entradas. 3o451k

Como assim? Por que isso? É realmente necessário? Então vamos a uma seção de perguntas e respostas sobre isso.

Por que a MLB iria querer isso?

O objetivo final é restaurar o jogo mais dinâmico de décadas atrás. O beisebol virou um jogo muito focado em potência, com arremessadores trabalhando por strikeouts e rebatedores girando o bastão em busca de home runs. A bola é colocada menos em jogo, há menos trabalho de defesa e percorrendo bases.

Com o abridor ficando obrigatoriamente seis entradas, ele tem de dosar mais a energia, buscando mais arremessos bem colocados e eliminações rápidas (forçando contatos ruins) do que simplesmente potência para strikeouts. Outro benefício da regra seria reforçar a figura do arremessador titular como alguém fundamental ao jogo, o que ajudaria a promover mais as partidas e criar identificação com o torcedor. Algo que era mais comum até dez ou 15 anos atrás. Por fim, a liga projeta que arremessadores que usem menos a velocidade e mais a técnica têm menos chance de se lesionar.

E, bem, para os arremessadores de rotação, recuperar um pouco da importância é bom porque representa contratos melhores.

E como seria essa nova regra?

Os abridores seriam obrigados a fazer seis entradas completas. Para preservar jogadores que estejam com dificuldades ou se desgastando muito, haveria três exceções: se o arremessador chegar a 100 arremessos, se ele ceder quatro ou mais corridas ou se ele se contundir (nesse caso, ele teria de ficar um tempo na lista de lesionados após o jogo).

Qual o lado negativo?

São vários. Primeiro, cria mais amarras ao jogo, mais regras para limitar a ação de jogadores e técnicos. Segundo que, por mais que a liga tenha pensado nas exceções para preservar abridores que estejam se desgastando, é provável que os arremessadores acabem se lesionando mais.

Ué, mas a MLB não estaria pensando nisso justamente para os arremessadores baixarem a velocidade e se lesionar menos?

Sim, mas ninguém acredita que os jogadores reduziriam realmente a velocidade. A busca pelo arremesso mais rápido possível é natural do jogo. A quantidade de craques que se sustentariam apenas com bolas de efeito e boa variação de arremessos é pequena. A maioria continuaria tendo de colocar mais velocidade possível.

Isso seria implementado já agora?

Não, calma! As últimas gerações de arremessadores, além das próximas que estão sendo preparadas em ligas menores e nas universidades, já são condicionadas a priorizar força ao invés do jeito. Mesmo que a ideia realmente seja aprovada, a MLB sabe que seria preciso muitos anos para que os arremessadores na ativa pudessem mudar sua forma de jogar, e para que toda a cadeia de desenvolvimento (ligas menores, universidades) também mudasse o foco no treinamento ou mesmo na contratação de jovens para a posição.

Além disso, é importante reforçar que se trata apenas de uma ideia que está em estudo, não houve um movimento oficial para negociar, testar ou implementar essa regra. Parece uma ideia jogada no ar para testar a receptividade antes de efetivamente fazer algo. E a receptividade inicial não foi boa.

Então o que devemos tirar dessa história?

Essa regra, da forma como está, tem pouca chance de ser implementada, mas fica claro que a MLB está procurando uma forma de mudar o estilo do jogo praticado hoje. Talvez uma adaptação dessa regra ou alguma outra medida seja proposta em breve. De qualquer maneira, qualquer mudança efetiva viria só no final desta década. Se tivermos alguma mudança.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

TRÊS STRIKES

1) Na última quarta, dia 28, Shohei Ohtani teve um home run e duas bases roubadas na vitória do Los Angeles Dodgers sobre o Baltimore Orioles. Com isso, se tornou apenas o segundo jogador da história a conseguir pelo menos 42 unidades nos dois fundamentos (o outro foi Alex Rodríguez, que teve 42 home runs e 46 bases roubadas em 1998). Salvo uma lesão, o japonês será o primeiro a conseguir 43-43 e tem condições até de brigar para fechar a temporada com 50-50.

2) Em 26 de junho, Toronto Blue Jays e Boston Red Sox se enfrentavam em Boston quando o jogo parou no meio da segunda entrada devido a chuva. Danny Jansen estava rebatendo pelo time canadense naquele momento. A partida foi reiniciada de onde parou no último dia 26, e, nesse período, o catcher foi negociado justamente para os Red Sox e colocado como “titular” da segunda parte do encontro. Com isso, ele se tornou o primeiro jogador a atuar pelas duas equipes dentro de um mesmo jogo. Mais que isso: como ele estava no bastão pelos Blue Jays quando o jogo parou e atuou como catcher nos Red Sox no reinício, ele participou como rebatedor e como catcher dentro de um mesmo duelo.

3) Uma camisa do New York Yankees de 1932 se tornou o item esportivo mais caro da história. A peça foi utilizada por Babe Ruth no jogo 2 da World Series daquele ano. De acordo com relatos da época, o jogador avisou que iria rebater um home run para o campo esquerdo antes do arremesso, o que ele realmente fez em seguida. Essa rebatida entrou no folclore do beisebol como evidência máxima do poder de Ruth. Em leilão realizado no último fim de semana, ela foi arrematada por US$ 24,1 milhões, ultraando os US$ 12,6 de um card de Mickey Mantle de 1952 em perfeito estado de conservação. Os dois artigos mais caros não relacionados a beisebol são as camisas de Michael Jordan no jogo 1 das finais da NBA de 1998 (US$ 10,1) e de Maradona no Argentina 2x1 Inglaterra pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1986 (US$ 9,3).

DÚVIDA DO FÃ DE ESPORTE

Como funciona a comunicação entre o arremessador e o catcher atualmente? Como funciona o comunicador?
Cesar Filho, Fortaleza

O comunicador é composto por duas partes: uma braçadeira com vários botões que o catcher coloca em seu braço ou em sua perna e três receptores que emitem som. Antes das partidas, os times ajustam o equipamento para que cada botão da braçadeira represente um tipo de arremesso. Quando o catcher aperta um botão, o arremessador vai ouvir “bola rápida”, “bola de curva”, “slider” ou qualquer arremesso que esteja configurado. Se ele concordar com a sugestão, responde com um sinal com a cabeça e inicia o movimento de arremesso. Além do arremessador, o próprio catcher fica com um receptor, para confirmarem que apertou o botão correto, e um jogador de campo interno também recebe a orientação, pois isso pode mudar sua postura na defesa. O receptor é colocado dentro do boné, perto de um dos ouvidos.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 30/ago

19h30 - Atlanta Braves x Philadelphia Phillies (Disney+)

Sábado, 31/ago

17h - San Diego Padres x Tampa Bay Rays (Disney+)

Domingo, 1/set

20h - Atlanta Braves x Philadelphia Phillies (Disney+)

Segunda, 2/set

20h - Boston Red Sox x New York Mets (ESPN 4 e Disney+)

Terça, 3/set

20h - Boston Red Sox x New York Mets (ESPN 4 e Disney+)

Quarta, 4/set

22h30 - Arizona Diamondbacks x San Francisco Giants (ESPN 4 e Disney+)

Quinta, 5/set

14h - Minnesota Twins x Tampa Bay Rays (ESPN 2 e Disney+)

Sexta, 6/set

21h - Seattle Mariners x St. Louis Cardinals (Disney+)

MAIS BEISEBOL NO DISNEY+

Sábado, 31/ago

19h - LMB (playoffs): Guerreros de Oaxaca x Diablos Rojos de México, jogo 6

Domingo, 1/set

17h - LMB (playoffs): Guerreros de Oaxaca x Diablos Rojos de México, jogo 7

O Disney+ também transmitirá a série final da Liga Mexicana de Béisbol, mas as datas e horários dos jogos ainda não foram anunciados

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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