Shohei Ohtani é a grande estrela do beisebol no momento, tanto que assinou um contrato de US$ 700 milhões pelos próximos dez anos. Mas um dos fatores que o torna tão especial, o fato de ser um dos melhores do mundo arremessando e rebatendo, só valerá a partir de 2025. Neste ano, o japonês não arremessará devido a uma lesão no cotovelo direito. 644uj Por si só, já seria um caso a se lamentar, pois a MLB ficará todo o ano sem metade de sua principal estrela. Basta se aprofundar nos elencos da liga, porém, para perceber que está longe de ser um caso único. Spencer Strider, Shane Bieber, Justin Verlander, Max Scherzer, Jacob deGrom, Sandy Alcántara, Gerrit Cole, Clayton Kershaw, Shane McClanahan etc etc etc estão todos no departamento médico de suas equipes por problemas físicos ligados ao ato de arremessar uma bola de beisebol. E isso só para mencionar nomes de destaques. Se a lista tiver de incluir os arremessadores comuns, chega na casa de centenas. Os arremessadores sempre estiveram mais vulneráveis a lesões devido à natureza de sua atividade. O movimento de lançar uma bola de beisebol é violento para ombros e ligamentos do cotovelo, e isso chega a ser feito mais de cem vezes em uma única partida. Ainda assim, a quantidade de jogadores com problemas físicos aumentou muito nos últimos anos, o que causa preocupação nos atletas em si e até na liga, por tirar do campo algumas das estrelas (jogos em que grandes nomes serão arremessadores titulares costumam vender milhares de ingressos a mais que partidas com abridores desconhecidos). A temporada 2024 nem precisou chegar ao primeiro mês para isso se transformar em uma crise. Primeiro, pela percepção que estrelas não estão jogando. Segundo, porque virou mais uma oportunidade de MLB e MLBPA (sindicato de jogadores da liga) mostrarem como a relação entre ambas não é boa. O sindicato foi rápido em apontar o relógio de arremessos como o culpado pelas lesões. A liga rapidamente respondeu, alegando que não há evidências que dêem e a isso, responsabilizando a velocidade e características dos arremessos por causar sobrecarga nos braços. Os dois lados parecem mais preocupados com narrativas do que em tratar o problema com o cuidado necessário.  A atitude da MLBPA é uma tentativa de atingir a liga por não ter seu pedido de mudar a regra do relógio. O sindicato requisitou um aumento no tempo entre os arremessos, mas a MLB ignorou. Por outro lado, a liga só se preocupa em reforçar a nova regra, não em trabalhar para que as lesões parem de acontecer. O relógio foi implementado apenas em 2023 na MLB, alguns anos antes em ligas menores. Ainda há poucos dados para transformar em verdade científica qualquer conclusão sobre o que está acontecendo. Sequer se pode cravar que realmente houve aumento na quantidade de lesões nos arremessadores após a implementação da nova regra, se o que se vive neste começo de temporada não é uma falsa percepção de aumento ou um aumento circunstancial, uma onda de azar. No ano ado, por exemplo, não houve uma mudança significativa em relação a 2022, por exemplo. É possível que a redução de tempo de descanso entre um arremesso e outro acabe acelerando o desgaste de ligamentos. Mas é difícil desconsiderar que o aumento da velocidade e do efeito colocado em cada arremesso tenham impacto ainda maior. Nunca os arremessadores utilizaram tantas bolas de efeito, que viajam com tanta rotação e tão rápidas. Alguns dados são necessários aqui. A velocidade média de uma bola rápida em 2007 era 91,1 milhas/hora. Neste começo de 2024, está em 94,4. Em relação ao tipo de arremesso, foram “apenas” 33,96 mil bolas de efeito com mais de 85 milhas/hora em 2008. No ano ado, foram 77,31 mil. Arremessos com essas características já causariam mais estresse nos braços. A situação fica ainda pior se considerarmos o que é feito para que os jogadores sejam capazes de lançar essas bolas com mais efeito e velocidade. O descanso entre as temporadas é cada vez menor, com arremessadores cada vez mais antecipando o início da preparação para o ano seguinte. A carga de exigência na pré-temporada e até nos treinos entre um jogo e outro também está maior, como se o atleta tivesse de se apresentar sempre no máximo da intensidade e eficiência. Mesmo quando não está valendo nada. Não é novidade que é bom obter mais velocidade e efeito nas bolas, por que só nos últimos anos isso virou uma questão tão delicada? Porque os times mudaram a forma de usar os jogadores, criando estratégias que permitam que cada um otimize sua participação no jogo. Ao invés de contar com dois ou três arremessadores para o jogo inteiro, esperando que cada um deles saiba dosar seu esforço para aguentar muito tempo no montinho, as equipes preferem colocar cinco ou seis homens diferentes, desde que cada um deles entre com energia máxima. É mais fácil preparar vários braços menos habilidosos a terem mais velocidade do que desenvolver alguns craques que compensem falta de velocidade com mais inteligência e técnica. É essa dinâmica que a MLB e a MLBPA precisam interromper. Como incentivar as equipes a voltarem a valorizar o arremesso bem posicionado e inteligente ao invés do mais rápido? Qualquer medida pensada teia um impacto, ou nos times, ou nos jogadores. Portanto, ela dependeria de uma cooperação entre liga e sindicato. Enquanto eles se preocuparem apenas em cutucar um ao outro, os jogadores continuam se machucando. O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição TRÊS STRIKES 1) A FAA (Federal Aviation istration, o equivalente norte-americano da Agência Nacional de Aviação Civil) está investigando o voo que levou o Colorado Rockies de Denver a Toronto antes de uma série contra os Blue Jays. Hensley Meulens, técnico de rebatedores da equipe, postou em seu Instagram um vídeo em que está sentado no assento do piloto durante o voo. O piloto automático estava acionado no momento, mas não muda o fato de que é uma violação do regulamento de segurança aérea. A United Airlines – tratava-se de um voo fretado, mas operado pela United – já afastou os dois pilotos. 2) Paul Skenes, primeira escolha geral do draft de 2023, não deve perder muito tempo para chegar à MLB. O arremessador fez três jogos pelo Indianapolis Indians, time triple-A (nível mais alto antes das grandes ligas) do Pittsburgh Pirates, e não cedeu nenhuma corrida ainda, conseguindo 19 strikeouts. 3) Nesta quarta, dia 17, o Boston Red Sox venceu o Cleveland Guardians por 2 a 0. O arremessador Tanner Houck foi dominante, conseguindo um jogo completo com apenas 94 arremessos. A partida inteira teve apenas 1h49 de duração, a mais curta da MLB em 14 anos. A última vez que um jogo terminou em menos tempo foi em 2 de junho de 2010, uma vitória do Detroit Tigers por 3 a 0 sobre… o Cleveland Indians. Esse duelo demorou apenas 1h44 e ficou na história por ser o “jogo imperfeito” de Armando Galarraga, arremessador venezuelano que só não conseguiu o jogo perfeito porque o árbitro Jim Joyce errou clamorosamente a marcação na última eliminação do jogo. BRASILEIROS - Thyago Vieira entrou em duas partidas do Milwaukee Brewers, arremessando 4 entradas e um terço. Cedeu apenas uma rebatida e nenhuma corrida. O arremessador baixou o ERA para 3,24 e tem um jogo salvo na temporada. - Yan Gomes participou de quatro jogos do Chicago Cubs na semana, três como titular. Teve duas rebatidas e uma corrida impulsionada. No geral da temporada, está com 19,4% de aproveitamento no bastão e um home run em 12 partidas. PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN Sexta, 19/abr
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (ESPN 3 e Star+) Sábado, 20/abr
21h - Seattle Mariners x Colorado Rockies (Star+) Domingo, 21/abr
20h - Texas Rangers x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+) Segunda, 22/abr
22h30 - Baltimore Orioles x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+) Terça, 23/abr
22h30 - New York Mets x San Francisco Giants (Star+) Quarta, 24/abr
19h30 - Philadelphia Phillies x Cincinnati Reds (Star+) Quinta, 25/abr
15h30 - Seattle Mariners x Texas Rangers (ESPN 3 e Star+) Sexta, 26/abr
14h - Kansas City Royals x Detroit Tigers (ESPN 3 e Star+) MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+ Sexta, 19/abr
18h - NCAA (softbol): Clemson x Notre Dame
19h - NCAA (softbol): LSU x Tennessee
20h - NCAA (beisebol): Florida x Vanderbilt
20h30 - NCAA (beisebol): TCU x Texas
21h - NCAA (beisebol): LSU x Missouri
22h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Guerreros de Oaxaca
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Rieleros de Aguascalientes Sábado, 20/abr
13h - NCAA (softbol): LSU x Tennessee
13h - NCAA (softbol): South Carolina x Florida
15h - NCAA (softbol): Missouri x Georgia
17h - NCAA (softbol): Kentucky x Auburn
19h - NCAA (beisebol): Auburn x Mississippi State
21h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Charros de Jalisco
22h - NCAA (softbol): Alabama x Arkansas
22h40 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Acereros de Monclova Domingo, 21/abr
12h30 - NCAA (softbol): South Carolina x Florida
15h - NCAA (softbol): LSU x Tennessee
17h - NCAA (softbol): UCLA x Stanford
17h - NCAA (softbol): Syracuse x Pittsburgh
19h - NCAA (softbol): Clemson x Notre Dame
20h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Charros de Jalisco Segunda, 22/abr
20h - NCAA (softbol): Kentucky x Auburn
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Sultanes de Monterrey Terça, 23/abr
20h - NCAA (beisebol): Houston x Texas A&M
20h - NCAA (softbol): Virginia x Virginia Tech
22h30 - LMB: Dorados de Chihuahua x Saraperos de Saltillo
23h - LMB: Toros de Tijuana x Charros de Jalisco Quarta, 24/abr
22h - LMB: Olmecas de Tabasco x Guerreros de Oaxaca
22h - LMB: Acereros de Monclova x Sultanes de Monterrey
22h - LMB: Diablos Rojos de México x Piratas de Campeche Quinta, 25/abr
20h - NCAA (beisebol): Virginia x Boston College
20h30 - NCAA (beisebol): Missouri x Tennessee
22h - LMB: Águila de Veracruz x Pericos de Puebla
23h - LMB: Toros de Tijuana x Charros de Jalisco Sexta, 26/abr
19h - NCAA (softbol): Auburn x Ole Miss
21h - NCAA (beisebol): Florida x Arkansas
22h - LMB: Leones de Yucatán x Conspiradores de Querétaro
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Toros de Tijuana Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração
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